Nutrição

Artigo da Nutricionista Sheila Veloso

Dietas da Moda: uma abordagem nutricional


         Dietas da moda são aquelas que promete realizar o “milagre” de emagrecer sem “dor”, isto é sem disciplina alimentar. Não há duvidas que as dietas milagrosas divulgada nas redes de comunicação tem atraído indivíduos em uma série de ilusões, sendo a principal a promessa de perda rápida de peso. Hoje com a imposição de magreza como padrão de beleza, muitas pessoas terminam por se arriscar nessas dietas radicais, não sabendo muitas vezes dos riscos a saúde.

         Quem nunca ouviu as promessas ou até mesmo se arriscou na dieta da sopa, da lua, dos líquidos, do tipo sanguíneo, das frutas e até mesmo as arbitrárias aquelas feitas por conta própria.          

         Mas será que para se perder peso, é preciso se alimentar exclusivamente de um único tipo de alimento com restrições de outros? Será realmente que essas dietas são indicadas para todos os indivíduos?

         A resposta é não!  Estudos mostram que nenhum alimento ou nutriente por si só, tenha a capacidade de produzir perda de peso. O nosso corpo necessita de todos os nutrientes; precisa de uma combinação de todos os alimentos, uns em quantidades menores e outros em quantidades maiores e mesmo quando se quer emagrecer, é imprescindível que se respeite as necessidades do corpo.         

         Uma boa variedade de alimentos (nas devidas proporções) ajuda a acelerar o processo de perda de peso, e dietas à base apenas de um tipo de nutrientes, pecam pela falta de equilíbrio nutricional.

         Além do mais, as dietas nas quais se excluem determinados alimentos, acabam por submeter nosso organismo uma loucura sem explicação, sem falar no desequilíbrio que gera no nosso organismo. Além de serem frustrantes, podem em longo prazo, comprometer a saúde; é comum perceber indivíduos que aderem essas dietas, apresentar peles secas ou oleosas, sem energia, imunidade baixa, aumento de celulite e flacidez. Ou seja: o que estava ruim pode ficar ainda pior.

          Outro problema são as dietas com baixo valor calórico, e jejum prolongado. Essas dietas fazem com que o organismo entenda que vai faltar comida por algum tempo; dessa forma, quando se volta a comer normalmente o organismo começa a armazenar tudo em forma de gordura. O resultado disso é o grande perigo de ganhar peso, levando o corpo chamado “efeito sanfona” caracterizado pela rápida recuperação do peso perdido.

         Na verdade nenhuma dieta vale para todas as pessoas; a dieta ela é única, intransferível e especifica para cada individuo; cada individuo possui necessidades nutricionais diferentes, e cada caso deverá ser analisado e avaliado individualmente; lembrando que as dietas da moda, não apresentam nenhuma base científica, não se reportam à mudança de hábito alimentar ou mesmo à necessidade da prática de atividade física.

          Assim a melhor forma de perder peso, manter pele, unhas e cabelo saudáveis, disposição a todo vapor, é aquela avaliada por um profissional, que irá realizar todo um estudo, sendo ajustadas a parti das necessidades de cada um, levando em considerações idade, peso, sexo, atividade física, exames físicos, clínicos dentre outros parâmetros.    

         Portanto para emagrecer, não são necessárias fórmulas mágicas, é preciso dar o primeiro passo e este deve ser a vontade do indivíduo em mudar seus hábitos alimentares, e de vida. Ninguém consegue atingir o peso ideal e mantê-lo, com saude, sem o mínimo de disciplina e planejamento; um programa de reeducação alimentar, levando em conta o estilo de vida, é fundamental, possibilita que a pessoa veja como funciona e que não existe nada de milagroso e nem promessas impossíveis de serem cumpridas.

         A dieta eficiente não está na moda, mas sim na Mudanças do Estilo de Vida; com um regime que se adapte ao organismo de cada individuo, é possível perder peso sem perder a saúde.



Saúde a todos!

Nutricionista: Sheila Veloso – CRN 9087



“Se pudéssemos dar a cada indivíduo

a quantidade certa de alimentos e exercícios,

nada em excesso, nós teríamos encontrado

o caminho certo para a saúde”.

                                       Hipócrates (460-377 a.C.)

 

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